O seu cliente mudou. E a sua empresa precisa estar atenta às transformações dos hábitos de consumo e do perfil dos consumidores para se adaptar ao novo paradigma de mercado e continuar vendendo.
Rever estratégias, entender o mercado, tratar o cliente de acordo com seu perfil, e buscar outras formas de atrair e fidelizar seu público são algumas ações necessárias para aproveitar os novos hábitos de consumo a seu favor.
Mas antes de tudo: o que mudou?
A pandemia acelerou mudanças nos hábitos de consumo
O crescimento do consumo online e o fortalecimento das jornadas de compra digitais já eram tendências esperadas para os próximos anos, mas foram intensamente aceleradas e potencializadas com a pandemia da covid-19 e a consequente necessidade de isolamento social.
Se analisarmos o faturamento do ecommerce brasileiro no primeiro semestre de cada um dos últimos anos, é possível notar essa tendência de crescimento. Nos primeiros seis meses de 2016, o comércio eletrônico faturou R$19,6 bilhões; no mesmo período de 2017, R$21 bilhões; e em 2018 e 2019, R $23,6 e 26,4 respectivamente. Aí chegou 2020 e esse valor pulou para R$38,8 bilhões. O maior faturamento do e-commerce brasileiro nos últimos vinte anos. (Os dados são do relatório Webshoppers da Ebit|Nielsen e você pode acessar o relatório completo aqui.)
Mas os novos hábitos de consumo do brasileiro não ocorreram apenas no e-commerce. Quem pôde permanecer em casa e evitar saídas desnecessárias, percebeu que dá pra comprar e pagar quase tudo online.
- 2020 registrou um aumento de 5x nos pagamentos por meios digitais;
- 85% dos pagamentos via aplicativos foram feitos por carteiras digitais;
- 74% das transações financeiras no Brasil foram realizadas por meio de canais digitais
Clientes mais ativos e bem informados
Outro ponto central na mudança do paradigma de consumo diz respeito ao próprio perfil do consumidor, que está cada vez mais bem informado e com uma postura ativa ao longo de sua jornada de compra.
A crise econômica e as alterações de rotina por conta da covid-19 contribuem para que as compras sejam cada vez menos impulsivas e mais baseadas em pesquisas e definições de prioridades. Fatores como comodidade, logística, experiência proporcionada e avaliações na internet pesam cada vez mais na decisão de compra do consumidor brasileiro.
Sobre esse assunto, um artigo do Think with Google aponta que realizar mais pesquisas na internet antes de comprar têm se tornado um hábito comum tanto para quem compra online quanto em estabelecimentos físicos:
“Com mais pesquisa online antes de sair para fazer compras e com uma busca por uma experiência diferenciada nas lojas físicas, as pessoas têm usado cada vez mais a tecnologia tanto para diminuir o contato social quanto para fazer uma curadoria de produtos, diminuindo o tempo gasto nas lojas físicas.”
As mudanças vieram para ficar?
É difícil prever o cenário de consumo pós pandemia. Afinal, a crise da covid-19, especialmente no Brasil, ainda está longe do fim. Mas isso não quer dizer que uma perspectiva para esses hábitos de consumo não pode ser traçada.
Embora impulsionadas em grande parte pelo contexto da pandemia, as mudanças não estão necessariamente atreladas a ela. 51% das pessoas que aderiram ao e-commerce de alimentos na pandemia, por exemplo, planejam continuar com o hábito mesmo num cenário pós covid-19.
Ou seja, os hábitos mudaram e não há como ignorar esse contexto. Por isso, é fundamental que o seu negócio crie canais de descoberta para que esse consumidor que pesquisa e compra pela internet encontre a sua marca e se torne um cliente.
Da mesma forma, estabelecer canais de diretos de comunicação para proporcionar a melhor experiência de consumo e atender às demandas dos clientes de forma personalizada e humanizada são alguns exemplos de como fidelizar quem já é seu cliente.
Para isso, é importante entender como está a presença digital do seu negócio. Dessa forma, é possível identificar oportunidades de melhorias e facilitar a experiência tanto de quem está conhecendo sua marca quanto de quem já é seu cliente.
Mas uma coisa é certa: não dá mais para tratar o cliente apenas como um agente receptor ou ignorar o impacto da jornada de compra online e esperar os mesmos resultados de antes.
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