A comunicação interna e o employer branding são fundamentais em termos de resultados, reputação e imagem da empresa. Com estratégias voltadas para atrair e reter talentos, os dois setores têm um ponto em comum: o bem-estar e o conforto dos colaboradores.
O funcionário transita entre os espaços internos e externos, e isso gera percepções que são colocadas em prática em tudo que eles entregam e falam sobre a organização. E são essas concepções que devem direcionar a atuação dos profissionais de comunicação interna e employer branding.
O sentido principal das estratégias de marca empregadora envolve o momento em que a pessoa decide trabalhar na empresa, inclusive sua vivência interna. E depois, como se comunicar com os colaboradores?
As ações que fazem da organização um bom lugar para se estar e trabalhar serão costuradas pela comunicação interna. Ou seja, as duas áreas caminham juntas para o sucesso do negócio e para promover um ambiente de pertencimento.
Comunicação interna e employer branding
A comunicação interna e o employer branding possuem um papel cada vez mais estratégico, trazendo excelentes possibilidades para os negócios.
Por isso, é importante que o discurso entre os setores esteja alinhado. Para Bruna Gomes, employer branding e fundadora da Smart Comm, “não se pode separar: é muito estranho ter uma marca empregadora que fala uma coisa para fora e outra internamente”. Para entender melhor essa dinâmica é preciso perceber os pensamentos e atitudes dos colaboradores: afinal, ninguém tem mais conhecimento sobre a empresa do quem trabalha lá dentro.
De acordo com Bruna Gomes, os funcionários são o ponto principal de toda a narrativa: “O que ele faz e o que ele fala é central para o resultado e a reputação, sendo uma engrenagem especial e essencial”. Apesar de em muitos casos as análises das ações não serem tão facilmente localizadas ou medidas, essas situações são extremamente perceptíveis no engajamento dos funcionários e como eles falam sobre a empresa externamente.
Transformações na Comunicação interna e employer branding
A pandemia trouxe novos desafios para os profissionais de comunicação interna e employer branding. Em meio a tantas mudanças simultâneas foi preciso focar na saúde mental e no bem-estar dos colaboradores. Para Cris Hardt, analista de comunicação interna na Softplan,“é importante mostrar as estratégias, os próximos passos da empresa, mas sem deixar de contar as histórias das pessoas que estão fazendo isso acontecer“.
E o caminho é esse mesmo! É preciso atingir os resultados almejados pela organização, mas também pensar no conforto e na saúde dos funcionários.
Bruna Gomes revela que o momento pede novos olhares e concepções por parte das empresas, trazendo o foco para os colaboradores e suas vivências. Dessa forma, a centralidade e a autorreferência das organizações acabaram ficando em segundo plano.
Ela aborda que esse caminho apresenta dois aspectos:
- A centralidade em um sentido positivo de que a comunicação se tornou o tema mais importante;
- E o outro fator é a dificuldade em sustentar uma comunicação corporativa autorreferente, evidenciada na própria empresa.
Mas isso não é nem um pouco fácil, ainda mais quando analisamos o ponto de vista dos colaboradores. Segundo a pesquisa Os impactos da pandemia da Covid-19 no RH brasileiro, realizada pela Convenia, empresa com soluções para RHs digitais, em parceria com a TiqueTaque, solução de acompanhamento de horas extras e banco de horas, 42,9% dos entrevistados consideram a comunicação interna das suas empresas ineficiente.
Quando é hora de rever o planejamento?
De nada adianta você ter todas as métricas disponíveis, e não ter o feeling, a boa vivência e o olhar humanizado para analisá-las. Repensar as estratégias requer um entendimento profundo do que é preciso mudar para ter um planejamento de comunicação interna e Employer Branding assertivo.
O primeiro passo para criar um plano eficiente é que o profissional de comunicação esteja envolvido no planejamento da empresa como um todo – para entender e transformar isso em uma ação que gere bons resultados. Isso porque muitas vezes as decisões tomadas ao longo do planejamento podem afetar de forma direta a narrativa construída dentro do negócio.
Para Bruna Gomes, “a matéria principal do employer branding é a cultura, aquilo que é vivido dentro da organização”. Por isso, é preciso que a caminhada conjunta entre as áreas de comunicação interna e employer branding seja constante.
As narrativas, as experiências e os relacionamentos serão costurados em parceria pelos dois setores, buscando bons resultados e uma imagem positiva para a empresa.
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