Entenda por que é importante alinhar sua comunicação interna e ouvir sua equipe
Texto atualizado em 21 de maio de 2021
Desde que a pandemia de COVID-19 começou, os segmentos de empresas do mundo todo começaram a viver uma corrida contra o tempo: decisões para garantir a saúde e a produtividade dos colaboradores, reestruturações para se adaptar à nova realidade de home office sem ter que parar completamente, pensar em soluções criativas para não perder clientes e por aí vai.
E, é claro, todo esse turbilhão de ações passou necessariamente pela comunicação interna, que em momentos como este se mostrou ainda mais necessária
Agora, passado mais de um ano do início do isolamento no Brasil o que temos é uma quantidade ainda maior de ações virtuais, como lives, programas de TV, podcast, ações via rede social corporativa, e-mail marketings, newsletters, vídeos, bate-papos virtuais, entre outros. A necessidade de comunicar e de “estar próximo” acabou levando a uma sobrecarga de informações que, no final do dia, as pessoas até suam frio ao escutar a palavra “live”.
Muitos de nós estão cansados, sobrecarregados e com a sensação de que, mesmo com toda a comunicação, não são ouvidos. Se você tem uma empresa vai logo pensar: “Wow, como assim eu não escuto o meu colaborador? Olha quanta coisa nós fazemos”? Então eu te pergunto: você realmente “escuta” o que ele tem a dizer? Você realmente sabe o que ele está passando? Você realmente consegue ver que por trás daquele sorriso murcho, às vezes forçado, misturado ao silêncio, existe uma pessoa que não está bem?
E mesmo que esteja tudo bem, o fato é que as pessoas estão carentes de atenção, de reconhecimento. Agora, mais do que nunca! Mesmo com todos os benefícios e boas práticas, o que o colaborador quer mesmo é ser protagonista, ou seja, se sentir pertencente e, principalmente, “ouvido”.
Mais do que escutar é preciso ter empatia e sensibilidade para saber quais os sentimentos que estão por trás do que é dito. Enfim, todo colaborador precisa de um líder presente, humano e coerente.
Um exemplo pode ser visto nos países que tiveram números baixos de infectados e mortos pela COVID-19 e que, hoje, estão momentaneamente sem novos casos. São líderes destes países que, além da competência técnica, mostraram seriedade, serenidade, solidariedade, acolhimento e humanidade, como a primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinta Ardern e a chanceler da Alemanha Angela Merkel. Para isso, é preciso estar próximo ao time, dialogar e ouvir.
Na minha visão, o papel do líder de comunicação é:
- Ouvir, aconselhar, orientar, influenciar, posicionar-se;
- Alinhamento com a alta liderança;
- Garantir a narrativa consistente com todos os públicos;
- Garantir que todos os públicos recebam informações relevantes;
- Definir rituais e canais de comunicação e de interação;
- Preparar os porta-vozes e orientá-los a investir mais tempo com seus times.
Por isso, antes de criar uma série de ações que não vão ter o engajamento que você tanto sonha, tire algumas horas pra saber o que seu público realmente pensa e necessita. Você pode se surpreender com coisas simples e fáceis de serem feitas.
Como comunicar-se com o público interno?
Listei abaixo algumas dicas para não errar na hora de lidar e comunicar com o público interno:
- Pessoas precisam de clareza, foco e relevância;
- Gere conexão periódica e próxima (genuína);
- Cuidado com as brincadeiras como “agora todos têm mais tempo”;
- Não subestime os sentimentos de angústia e ansiedade dos colaboradores;
- Tenha paciência! Invista muito mais tempo para ouvir e estar com sua equipe;
- Mostre o plano de ação da empresa – o que está sendo feito para gerar segurança e orgulho;
- Crie um canal periódico entre o CEO e os colaboradores. Pelo menos uma vez por semana é bom que ele apareça – preferencialmente por vídeo – para a equipe;
- Identifique todos os públicos internos – e se eles estão sendo ouvidos e recebendo a informação;
- Tenha serenidade, firmeza, acolhimento, empatia;
- Não deixe perguntas sem respostas;
- Lidere na alegria e na tristeza – transmita confiança e esperança;
- Dê voz às pessoas;
- Seja transparente e diga não sei quando não souber! Assuma que não saber tudo;
- Fortaleça valores e propósitos;
- Reconheça e celebre (as pequenas atitudes também)!;
- Antes de criar mais um material, mais uma iniciativa, pondere se vai realmente fazer diferença para o seu negócio. Será que os colaboradores e seu público externo tem espaço e vontade para mais um podcast, por exemplo?
- Seja didático: infográficos, entrevistas ping-pong, glossários, áudios, vídeos ajudam;
- Seja você mesmo: não invente personagem;
- Seja mais humano e menos perfeito.
Por fim: a comunicação interna nunca se mostrou tão importante como agora. Precisamos estar conectados mesmo que em lugares separados e a comunicação tem o papel de fazer a ponte e unificar o discurso da empresa. Quando esse turbilhão passar, continue investindo no endomarketing!
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