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O Google anunciou o fim das atividades do Google+ para o dia 2 de abril de 2019, e a grande surpresa da maioria das pessoas foi perceber que a rede social ainda existia.
Lançado em 2011 numa tentativa de fazer frente ao Facebook, o Google+ nunca emplacou de fato entre os usuários, sendo comumente apontado como um dos principais fracassos da gigante de buscas e até mesmo chamado de “a rede social dos funcionários do Google” – ainda que fosse controverso mesmo dentro da empresa.
Mas qual foi o legado deixado pelo Google+? A rede social vai fazer falta? Confira a seguir algumas lições que podemos tirar do descontinuamento do Google+ para aplicar na sua empresa.
Segurança dos dados importa (e muito)!
As falhas de segurança divulgadas no final ano passado podem até ser apontadas como o último prego no caixão do Google+, mas uma definição mais precisa é de que foram a causa mortis da rede social. O primeiro problema divulgado em outubro permitiu que entre 2015 e 2018 quase 500 mil usuários tivessem dados como nome, email, profissão e gênero expostos mesmo quando marcados como privados. Uma nova falha revelada em dezembro do último ano elevou o número de usuários expostos para 52,5 milhões.
Além de resultar no fim do Google+, a exposição dos dados de mais meio milhão de pessoas evidenciou – assim como no caso dos vazamentos do Facebook – a importância da comunicação transparente com o usuário e a necessidade de que as empresas prestem contas do modo como cuidam das informações confiadas por seus clientes.
É preciso criar produtos inovadores e que se diferenciam no mercado
O Google+ surgiu em 2011 como um concorrente do Google ao Facebook, rede que estava em plena expansão e já contava com 250 milhões de usuários. O problema (para o Google) era que o Google+ não trazia grandes inovações em relação à rede criada por Mark Zuckerberg que justificassem a mudança de plataforma. Basicamente, para o usuário, era como trocar um seis satisfatório e já familiar por um meia dúzia menos intuitivo. Isso porque os tais “círculos” e “sparkles”, por exemplo, soavam pouco amigáveis e não tinham um apelo social fácil.
A prova da falta de engajamento da plataforma está nos números. Ao anunciar o descontinuamento da plataforma, o Google também admitiu que 90% das sessões no Google+ duram menos de 5 segundos.
Ainda que a rede social tenha passado por várias mudanças ao longo dos anos e que os motivos para o seu fim tenham sido outros, a falta de diferencial em relação à concorrência foi crucial para que o Google+ falhasse desde o início. E aqui a lição é bem clara: não adianta lançar produtos ou serviços que simplesmente repliquem funções e características dos concorrentes sem apresentar algo realmente novo para o consumidor.
As redes sociais podem morrer – e seu marketing digital precisa estar preparado para isso
Nós já falamos sobre isso na época em que o Facebook anunciou mudanças no seu algoritmo e o recado continua sendo válido: não concentre seus esforços em um único canal digital!
As redes sociais são parte importante nas estratégias de marketing digital, principalmente no que diz respeito a divulgação de conteúdos, mas não podem ser o único canal de contato e interação com seu público. Investir no próprio blog ou site é fundamental para organizar as informações sobre o seu negócio, trabalhar ranqueamento e fortalecer a presença digital da sua empresa. Tudo isso sem ficar refém das mudanças das redes sociais.
Tudo bem que no caso do Google+ “não tinha muita gente para sentir falta”, mas você já pensou qual seria o impacto do fim de alguma rede como o Facebook ou o Instagram para a sua empresa? Em uma situação como essa, apostar em diversos canais e ter um site ou blog bem ranqueado são fatores que fazem a diferença entre ver todo o trabalho de marketing digital desestruturado ou reorganizar esforços mantendo as estratégias.
O legado do Google+
Justiça seja feita, o Google+ teve o seu valor. Principalmente quando levamos em consideração a sua contribuição para o ranqueamento nos mecanismos de busca e as ferramentas do Google que nasceram ou foram aprimoradas na quase falecida rede social.
O Google+ contribuiu para o desenvolvimento de recursos como o Google Fotos e o Hangouts. Outro exemplo é o Google+Local, um aplicativo nativo do Android oferecia um guia de estabelecimentos e serviços que podiam ser avaliados pelo usuários do Google+ e acabou dando origem ao Local Guide, que hoje é um dos principais recursos do Google Maps.
E você vai sentir falta do Google+?
Quer saber mais sobre as redes sociais e como aproveitar o seu potencial nas estratégias de inbound marketing? O nosso Checklist definitivo das Redes Sociais pode ajudar você e a sua empresa.
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