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Você pode nunca ter assistido um filme de super-herói ou não fazer a mínima ideia de quem é Jon Snow, mas se você acessou a internet nas últimas semanas, principalmente a redes sociais, com certeza se deparou com muitas informações, memes e discussões sobre o filme Vingadores: Ultimato e a última temporada de Game of Thrones.
O intenso burburinho tem seus motivos. Ultimato é a conclusão de um ambicioso projeto da Marvel Studios, empresa do conglomerado Disney, que já arrecadou mais de 20 bilhões de dólares de bilheteria ao longo de seus 22 filmes. Já Game of Thrones, série da HBO, é uma das mais lucrativas e populares produções da história da televisão. Ou seja, estamos falando de fenômenos da cultura pop e do entretenimento.
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Boa parte do que é compartilhado nas redes sociais sobre as duas produções audiovisuais são o que se convencionou chamar de spoilers, ou seja, informações sobre a história que estragam a experiência de quem ainda não assistiu. Basicamente, contar o final para o amiguinho…
Tal situação evidencia o conceito do FoMO, do inglês Fear of Missing Out (medo de ficar por fora). Um comportamento – cada vez mais comum na internet – em que os usuários, diante da quantidade extrema de informações que circulam todos os dias, temem a perda de qualquer informação.
No caso dos spoilers, o FoMO surge de duas formas. De um lado, o usuário que já consumiu aquele produto quer parecer ativo e conhecedor de tudo, e para isso, precisa compartilhar o máximo possível de informações sem se preocupar se aquilo interessa para a sua rede de contatos. Do outro, quem ainda não assistiu o filme ou o episódio, tenta ao máximo fugir dos spoilers, deixando muitas vezes de acessar as redes sociais ou determinados sites.
Mas eu nem assisto esses filmes e séries…o que eu tenho a ver com isso?
O FoMo e a produção e a distribuição de conteúdos
Os spoilers de Ultimato e Game of Thrones são apenas o exemplo mais recente e mais evidente, mas o FoMO não diz respeito somente ao mundo do entretenimento. Fomentar a necessidade de “estar por dentro”, de fazer parte do grupo que usa determinado produto ou serviço é, em certa medida, um dos combustíveis da publicidade.
Mas quando o assunto é o consumo de conteúdo, o FoMO torna-se um problema não apenas para o usuário, que fica cada vez mais ansioso diante das informações; mas também para as empresas que têm cada vez mais dificuldade em fazer com que o conteúdo chegue ao público ideal.
Lembra do amiguinho que distribui spoilers sem se importar com o que os amigos querem saber? Aqui a situação é bem semelhante. A empresa que não questiona se seu público está interessado em receber determinada informação não vai saber que conteúdo produzir para ele. O risco é distribuir informações que não são relevantes, que não resolvem problemas nem acrescentam conhecimento para o usuário, e consequentemente, que não fazem com que ele se interesse pela sua marca.
E nesse caso, não é só o conteúdo que importa, mas também a maneira como ele é distribuído. A recente saída da Lush das redes sociais, por exemplo, é um caso em que a empresa reconheceu que aqueles não são os canais mais adequados para distribuição de seus conteúdos e passou a buscar alternativas para se comunicar melhor com seu público.
Pensar a produção e a distribuição de tudo que a sua empresa comunica de maneira estratégica é uma das formas de atingir o público certo e fazer com que ele reconheça valor no seu negócio. Lembre-se que você precisa entregar o conteúdo que ele busca e que ele precisa naquele momento, e não a informação irrelevante que só vai gerar ansiedade – ou que vai se perder no fluxo de informações.
Quer saber como criar uma estratégia de comunicação assertiva para atingir o público ideal para o seu negócio? Fale com a gente pelo formulário abaixo
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