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Por Samantha Leal, jornalista da Vocali
Escutei outro dia, em uma palestra, sobre a importância de ser apaixonado pelo o que se faz. Isso pode parecer meio óbvio, não é mesmo? Mas não é. Você pode falar ou escrever isso, mas realmente sente? Isso reflete no seu dia a dia e nos resultados do seu trabalho? Pois é, esse é o tipo de coisa que não se ensina e não se impõe. Em quase 20 anos de carreira, somente há alguns anos eu realmente descobri que era apaixonada pelo meu trabalho.
Não vim aqui falar dos desafios de se trabalhar com assessoria de imprensa. Acho que muita gente já sabe ou vai aprender ao longo do caminho. Agora, o que realmente importa é o que faz você se destacar nessa ou em qualquer outra profissão: paixão e engajamento. O primeiro, como eu disse, não se ensina. O segundo é muito simples de conquistar, basta querer.
O ponto de vista que quero explorar é o do ser humano, do profissional. Então, já deixo aqui esclarecido que se a sua empresa não te valoriza, não paga o seu salário direito ou não te trata com respeito, esqueça esse texto. Pegue suas coisas e vá procurar algo que te valorize e faça feliz.
Recado dado, vamos ao que interessa. O verbo engajar pode ser utilizado no sentido de dedicação, ou seja, fazer algo com afinco e vontade. Eu vejo muitas pessoas, nem sempre em início de carreira, que insistem em fazer o básico (ou nem isso). Não prestam um bom atendimento, não são simpáticas ou pró-ativas, e por aí vai. Essas pessoas enxergam a empresa como um carrasco da Idade Média que só visa o lucro próprio, sendo assim não interagem, não levam ideias ou sugestões, não se preocupam em somar. É bater o ponto, fazer o seu trabalho e deu.
Não sei se sou diferente porque tive a oportunidade de ter a minha assessoria e passei a enxergar o outro lado. Mas a minha visão sempre foi a de ajudar a empresa a ter sucesso. É muito simples, quanto mais bem sucedida ela é, mais eu vou conquistar o meu espaço, tanto profissionalmente quanto financeiramente. É uma relação genuína e de troca. Eu me preocupo não só com o meu trabalho, mas com tudo o que acontece ao meu redor. Se estou fora do meu horário de trabalho e um cliente ou jornalista me procura, óbvio que vou atender. Enquanto vejo o jornal em casa estou reunindo informações para uma possível pauta. Ou quando estou em um evento faço networking para conseguir novos negócios para os meus clientes ou para a empresa na qual trabalho.
Isso porque eu acredito. E é essa crença que me faz ter os melhores resultados em anos! Nem quando eu tinha a minha própria agência eu era tão comprometida como sou hoje. Isso eu aprendi com os anos e com os tombos da vida, mas não precisa ser assim. Essa simbiose entre funcionário e empresa deve acontecer desde cedo. Claro, que é preciso um grande passo do mundo corporativo, mas também acredito que nós podemos modelar o que queremos do universo. Portanto, queira, se apaixone e se engaje!
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