As redes sociais são parte de uma estratégia de marketing digital e não “a” estratégia de marketing digital. Estão num pacote que inclui blog posts, e-books, infográficos, vídeos, e-mails, fluxos de e-mail, newsletters e campanhas pagas. Mas nem sempre isso fica claro quando uma empresa busca uma agência para cuidar da sua presença online.
Isso ocorre porque ainda há um certo “encantamento” (que quase sempre vira deslumbramento) pelas redes, que só cresce à medida em que novas plataformas surgem ou novas funcionalidades são lançadas.
Vira “a última Coca-Cola do deserto”. Ou aquela rede social que…
…“não dá para ficar de fora”
…“que meu filho usa bastante”
…“que é o que as pessoas estão acessando hoje em dia”
…“que um cliente me disse que só acessa essa rede”
…“agora sim meu negócio vai decolar”
E ainda tem aquela referência ao sucesso de uma marca nas redes sociais e pouco importa em qual patamar esteja (de mercado e financeiro) nem o longo histórico de ações na internet: “quero fazer igual”.
Percebe que há sempre uma grande expectativa com as redes sociais, mas com as decisões movidas mais por desejo do que por estratégia? E é sempre bom ter cuidado com o que você deseja…
A realidade das redes sociais
“Então não posso querer usar mais as redes sociais”?
Pode, mas não no “modo aleatório” ou fazer porque todo mundo faz. O problema, além de concentrar suas ações em canais de terceiros (algo que na Vocali sempre chamamos a atenção para evitar), é criar expectativas que podem não dar em nada. Ou dar: em prejuízo e frustração.
E além do fato de não pensar nas redes estrategicamente, a causa para isso é o desconhecimento da realidade das redes sociais. Não é só o caso de conhecer formatos, tipos de conteúdo ou rotinas de atualização – isso os especialistas dão conta. É preciso entender a realidade de cada uma das redes observando o tipo de conteúdo publicado, os temas que predominam e, principalmente, o comportamento dos usuários – são eles que dão vida (para o bem ou para o mal) ao Twitter, Instagram, Facebook, LinkedIn, TikTok…
É como escolher o ponto para abrir uma filial do um negócio: precisa ter critério e não considerar apenas o gosto (desejo) ou a primeira impressão.
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Precisa conhecer a realidade do local.
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Qual o movimento de pessoas?
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É uma região segura?
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A vizinhança é tranquila?
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A energia elétrica e a internet são estáveis?
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O bairro é bem cuidado?
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Meu público-alvo circula por ali?
Entendeu a relação?
Agora responda, com sinceridade: tudo bem colocar sua marca numa plataforma digital problemática, com queixas sobre segurança de dados, conteúdos abusivos ou propagação de notícias falsas? Ou que fique fora do ar por longos períodos?
Isso pode atrapalhar sua estratégia de diferentes formas. Mas principalmente porque são grandes as chances de haver um desinteresse dos usuários pelo tipo de conteúdo publicado pela sua marca. E não há nada pior do que ser ignorado, não é?
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