A chamada Geração Z ou GenZ – dos nascidos entre meados dos anos 1990 até 2010 – corresponde a 30% da população, já está inserida no mercado de trabalho e possui novos comportamentos de consumo. Os jovens de até 25 anos representam um público que tende a ganhar cada vez mais influência no mercado e que desperta o interesse das marcas, uma vez que já influencia US$ 600 bilhões em gastos familiares.
Cada vez mais conectada e com referências e hábitos diferentes, a Geração Z também oferece desafios para profissionais de marketing e comunicação. Neste texto você vai saber mais sobre os hábitos de consumo, as aspirações e os interesses da GenZ, além de entender por que sua empresa precisa estar de olho nesse público.
Comportamentos de consumo da Geração Z
Para impactar a GenZ, é preciso entender como se dão os comportamentos de consumo desses jovens e como essa parcela da população se relaciona com marcas e produtos. Entre as principais características da Geração Z, podemos destacar:
1. Agilidade e privacidade
Nativa digital, a geração Z já cresceu na era da internet. Para eles, a agilidade e a praticidade são itens indispensáveis na hora da compra. Uma pesquisa da IBM e da National Retail Federation com 15.600 jovens mostrou que 60% deles desistem imediatamente de usar um site ou aplicativo que tenha uma funcionalidade complicada ou que demore muito para carregar.
O mesmo estudo também traz outro dado interessante: apesar da massiva exposição nas redes sociais, a GenZ ainda se preocupa com privacidade. 30% deles preferem marcas que mantêm os dados pessoais seguros e apresentam termos de uso claros.
2. Menos interesse em grandes marcas
Gerações anteriores eram muito pautadas pelo consumo de grandes marcas e pela opção por produtos e serviços de empresas com tradição. O mesmo não ocorre com a Geração Z.
O estudo Google Consumer Survey mostrou que, quando perguntados sobre marcas favoritas, os jovens apresentaram respostas mais pulverizadas e destacaram que a autenticidade da comunicação pesa mais do a marca.
Na pesquisa, 64% dos jovens ouvidos disseram gostar de um vídeo de marca quando ele é autêntico e fala a verdade sobre a empresa, ou seja, reflete a realidade.
3. Causas e ativismo
O ativismo e a preocupação com causas sociais são elementos marcantes da Geração Z. Figuras como Greta Thunberg, Emma González, Malala Yousafzai exemplificam bem as características de uma geração cada vez mais politizada e consciente de questões sociais e ambientais.
A preservação ambiental lidera as causas que mais preocupam a Geração Z. Outros pontos de preocupação e ativismo dessa parcela da população são direitos humanos, inclusão e diversidade.
Algumas estatísticas que evidenciam a politização da GenZ:
- Mais de 75% dos jovens escolhem comprar um produto de uma marca que apoia causas em comum; (DoSomething Strategic)
- Mais de 65% dos jovens estão dispostos a boicotar marcas que não tivessem os mesmos valores que eles; (DoSomething Strategic)
- Quase 30% da Geração Z está preocupada com os impactos da pobreza e da fome; (Cone Communications)
- 85% dos jovens estão dispostos a doar parte do seu tempo para alguma causa;
(Google Consumer Survey)
- 58% por cento dessa geração está um pouco ou muito preocupada com o futuro. (Dan Schawbel)
4. Empreendedorismo
Crescidos sob os efeitos de uma crise econômica global, os jovens da GenZ são marcados pela insegurança com o futuro e a preocupação com a possibilidade de não ter um emprego.
Nesse contexto, o objetivo de muitos jovens está na criação de um negócio próprio e o empreendedorismo surge como a principal definição de sucesso para a Geração Z:
Como se comunicar com a Geração Z?
No que diz respeito à comunicação com o público jovem, pontos que precisam ser levados em consideração são o uso das redes sociais como o TikTok e o impacto dos influenciadores digitais.
Mas apesar das características próprias, a Geração Z não está alheia do resto da população, e muitos dos comportamentos de consumo dos jovens de até 25 anos estão alinhados com as tendências do marketing digital.
Humanização e personalização, criação de experiências mais autênticas e apoio à causas e propósitos são alguns exemplos do que as marcas devem fazer para comunicar-se melhor com seu público – inclusive com a Geração Z.
Saber como trabalhar essas tendências no seu negócio é uma maneira de garantir bons resultados hoje e no futuro também.
Atualização em 1º de julho de 2021
Geração Z no centro da “polêmica” do cringe
A Geração Z é protagonista na “polêmica de internet” mais comentada de 2021: uma guerra geracional contra os chamados Millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 1996), a partir do uso da palavra inglesa “cringe”.
Usada como sinônimo de “mico” ou “vergonha alheia”, apesar de originalmente ser um verbo (“sentir-se envergonhado”), cringe passou a ser uma forma da Geração Z classificar como ultrapassados e fora de moda, em tom de brincadeira, gostos, hábitos e comportamentos dos Millennials.
Por exemplo: é cringe tomar café, usar calça skinny, repartir o cabelo para o lado, curtir filmes e séries como Harry Potter e Friends, além de usar emojis, rsrs e hashtags como #sextou nos posts em redes sociais.
E foi em plataformas digitais como Instagram e TikTok que o poder de mobilização da Geração Z se revelou.
Segundo reportagem do G1, de 23 de junho de 2021, no Instagram, a hashtag #cringe ultrapassou a marca de 23 milhões de publicações. No TikTok, o levantamento aponta que vídeos com a mesma hashtag superaram a marca de 10,5 bilhões de visualizações. Enquanto isso, no Google, a busca pelo termo aumentou 70% entre os dias 15 e 20 de junho.
E você, de que lado está nesta “guerra geracional”?
e aí, já pesquisaram o que é cringe hoje? @affthehype pic.twitter.com/a5VG2OaCNr
— TikTok Brasil (@TikTokBrasil) June 21, 2021
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